Níveis de Açúcar no Sangue em Jejum..bom medidor de sintomas como a diabetes e a obesidade?


O assunto não é novo aqui no blog, mas sendo um assunto chave na ligação a todas as doenças metabólicas vale a pena voltar a ele.

De facto os níveis de açúcar em jejum podem não ser bons medidores da sua saúde nem um indicador da qualidade da sua dieta.

Casos em que pessoas com uma alimentação rica em alimentos processados e açúcares mas que apresentam níveis pouco elevados em jejum de açúcar no sangue, não são raros. Menos raros ainda são os que apresentam níveis pouco elevados de açúcar no sangue (em jejum), mas que por sua vez apresentam níveis elevados de insulina em jejum.

Ora tendo os níveis de açúcar baixos em jejum e por sua vez níveis altos de insulina (em jejum), significa que o pâncreas está a fazer um grande esforço e a ser sobrecarregado para conseguir manter esses níveis. E em fases inicias (entre outros, da diabetes tipo II) o primeiro sintoma acaba por ser a medição elevada da insulina e não dos açucares. Isto significa que o seu pâncreas produz insulina mas que o seu corpo não a está a usar de maneira correcta, no fundo os receptores da insulina perdem sensibilidade e para uma determinada quantidade de glucose o pâncreas terá de produzir mais insulina para fazer correctamente o seu trabalho de transportar a glucose do sangue para as células.


Com base nisto podemos afirmar, que antes dos níveis de açúcar elevados no sangue, que antes de sintomas da diabetes (e de muitas outras doenças), surgirá como máximo indicador os níveis (elevados) de insulina em jejum. E isto de um modo geral pode se afirmar que quanto mais baixo forem os níveis de insulina melhor, já que níveis elevados estão directamente relacionados com ganho de gordura, retenção de água, pressão arterial elevada, diabetes tipo II, com défice cognitivo (ver aqui), com o cancro (pelo acção da insulina nas células tumorais como um factor de crescimento. Não é novidade que estratégias nutricionais sejam adoptadas como adjuvante terapêuticos para alguns cancros. Há até um estudo (ver aqui) que relaciona a resistência à insulina com a gordura abdominal e o risco de contracção do cancro da mama.


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